domingo, 29 de agosto de 2010

O duende e as maçãs

Um gostava de duendes, o outro de maçãs. Um gostava de musica, o outro odiava barulho. Um gostava de dinheiro, o outro gostava de fazer novas amizades. Um lutava, o outro seguia contornos de velhos adornos. Mas a relação perdurava, assim como duram casamentos arranjados e rostos molhados de lagrimas. Realmente não se entendiam, mas isto nem sempre foi assim. Começou agora, ja que em momentos de autrora, foram um e em um ficaram. Mas porque não se compreendem dizia o duende? Será por causa das maçãs? E uma voz la no fundo, bem no fundo, quase no fim do tunel do mundo, dizia, não, deve ser o ar pesado, embargado, de quem um dia viu que tudo não passou de um momento. Mero sopro de vento. Mas calma nada esta perdido, apenas embaralhado, e amigos não se deixam, tampouco esquecem o passado, de quem um dia foi mais feliz.

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